Lançamento: 2003 (França)
Direção: Lars Von Trier
Atores: Nicole Kidman, Harriet Andersson, Lauren Bacall, Jean-Marc Barr.
Não é apenas pelos belos olhos da atriz Nicole kidman, ou pela presença de atores de renome como Lauren Bacall ou James Caan.. mas, sim pela ousadia do seu diretor Lars von Trier, de inovar com uma narrativa detalhista em um filme de 9 partes muito bem distribuidas em um cenário um tanto quanto teatral, sem cenários, apenas com marcações de giz, de uma cidadezinha com um pouco mais de três ruas e casas que tem apenas objetos e detalhes que são usados durante o filme ou tem algum propósito... o que resta é paredes e portas invisiveis, mas que são interpretadas como se tivessem lá, todos os atores abrem e fecham portas invisiveis com tanta naturalidade que vc imagina que aquilo tudo existe e durante o filme aquilo tudo (o som da porta, o latido do cachorro que está representado por um desenho no chão) vira um detalhe mais do que enriquecedor para a narrativa.
Falando agora do filme em si (pensou que eu tinha esquecido), ele se passa nos anos 30, durante a depressão nos EUA, em uma cidadezinha chamada dogville, aparece uma jovem desconhecida chamada Grace (Nicole Kidman), fugindo de gângsters, ela encontra apoio no jovem Thomas Edison Jr,(Paul Betany), representante e escritor que mora na pacata cidadezinha, logo ele encontra abrigo e uma solução controversa para a situação da desesperada Grace, reune os poucos moradores da cidade e propõe a eles esconder Grace na cidade em troca de pequenos favores oferecidos por ela, todos concordam de imediato, mas, com o passar do tempo, esses pequenos favores acabam tomando proporções bem maiores e exigindo sempre algo mais em troca do risco de escondê-la. Aos poucos, Grace percebe que mesmo naquela pequena cidadezinha, que sempre manipulada por Tom, acaba mostrando sua verdadeira face a cada trabalho mal-remunerado realizado por Grace, a ponto de todos os homens da cidade usarem de seu corpo, e todas as mulheres a humilharem publicamente, ela acaba percebendo que todos os cidadãos daquela pacata cidade tem algo de mesquinho e cruel à esconder, a querer guardar a sete chaves.
É exatamente no pecado de manipular e esconder todos seus defeitos e depravações, que a cidade acaba correndo um perigo que eles jamais imaginariam.
O nome da cidade acaba dizendo algo em relação a seu próprio futuro "Não queiras perdoar toda vez um cão por agir por sua própria natureza".
Nenhum comentário:
Postar um comentário